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sábado, 20 de novembro de 2010

Chega de ilusão, vou torcer para o Polonês


Sou fã de Fórmula 1 desde que me entendo por gente. Lembro dos dois últimos títulos de Senna, sua trágica morte, as flechas de prata da McLaren, a Era Schumacher e como me fez falta torcer para um brasileiro.

Não invejo Barrichello pelo fardo que herdou em 94 de ser o sucessor de um dos maiores, se não o maior piloto, que já apareceu nas pistas. Mas sua atitude amargurada e derrotista, sua imperícia e muitas vezes amadorismo que surgia sem o menor motivo e, pior, sua inépcia em deixar o pé no acelerador quando a Ferrari o mandava deixar Schumacher passar, me tirou qualquer possibilidade de tê-lo como favorito. Por algum tempo, admirei o grande alemão, quando com um pangaré vermelho que herdou, lutava do jeito que podia, contra carros muito melhores que a prateada McLaren tinha. É idiotisse não dizer que o homem sabe o que faz. Sabe e sabe bem, tão bem que não sei o porquê do Rubens ser tão... infiel com os deuses do Olimpo e tirar o pé do acelerador. Após este fato, quis um grande campeão para rivalizar com ele.

Infelizmente, este homem não chegou, mas vi em Felipe Massa um grande potencial. Ele fez a escola certa. Não ganhou um foguete de presente como muitos, foi aprendendo. Chegou merecidamente à Ferrari e assim, ao contrário de Barrichello, poderia sim nos levar aos bons tempos em que sentíamos orgulho de ter um brasileiro campeão. Por 20 segundos, se muito, ele o foi, até que Hamilton ultrapassou um pobre coitado Timo Glock, que não tinha mais pneu, carro, motor, nada para segurá-lo na posição e acabou sendo ultrapassado pelo inglês, sagrado campeão.

Seja como for, continuei torcendo pelo Felipe, mesmo com um carro desajeitado que enfim conseguia arrumar até ser acertado por uma mola barrichelliana. Ali, começou de novo meu desgosto. O homem desaprendeu. Perdeu a garra, a coragem. Perdeu até espaço na equipe, quando recebeu uma discretíssima e polêmica ordem de deixar Alonso passar. Perdeu aí também meu respeito.

Daí que vi um tal de Robert Kubica, que há alguns anos está correndo no circuito, e muito me impressionou que durante o ano, sempre estava na frente, com um carro deficitário. E pilotando bem, não por pura sorte. Seu companheiro, fazendo carreira nas posições com dois dígitos, só serve para dar trabalho à equipe e talvez algum dinheiro. Mas Robert tem aquilo que falta em muito piloto hoje em dia, menos um grande carro. Claro, não tiro o mérito do espanhol, do novo alemão ou do inglês Hamilton, entretanto é fácil chegar na frente com carro bom. Que o diga o campeão de terceira categoria Villeneuve. Ou então Hakkinen, que quando viu Schumacher vir com tudo numa Ferrari finalmente arrumada, se aposentou. Ou, por último, o matemático Damon Hill, que dirigia com um manual no colo e não sabia ousar.

Portanto, vou pender para torcer por aquele que merece chance, que merece um carro, uma boa equipe e um bom parceiro. Parceiro, não favorecedor, diga-se de passagem. Torcerei pelo polonês, pois até agora com ele não tive desilusão e também por acreditar que é de pilotos como ele, ousados, arrojados, que vão ao limite do seu equipamento e provam a todos que ele pode mais. Este é o nível mínimo que a Fórmula 1 tem que almejar.

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