Toda eleição presidencial recente há sempre um chamado terceiro fator, um outro candidato que não os dois principais que se apresenta como alternativa. Sempre dizem que estão ali, contra todas as chances, na esperança de serem ouvidos, de passarem uma mensagem que saia da tríade política-economia-mudança.
Entretanto, são marcados mais pela ingenuidade e, francamente, pela miopia. São monotemáticos, chatos, lentos e parece que se julgam no poder de congelar a realidade e moldá-la totalmente a seu favor, coisa que é raríssima na história. Muitas vezes são mensagens até bonitas, mensagens que devem ser ditas, mas se tornam ocas diante do panorama maior.
Admiro muito Cristóvão Buarque. Não imagino discussão sobre educação em que este homem não deva ser pelo menos citado e já tive o prazer de vê-lo falar numa palestra. Não passa disso. Não seria um bom presidente, visto que ele vê apenas um aspecto, importante claro, mas apenas ele. Não mudou nada depois, voltou a ser aliado do governo e está lutando pela educação lá.
Marina, eu considero minha decepção. Esperava mais dela. Mas também foi monotemática, mas de uma forma diferente. O meio ambiente entrava em todos os seus comentários, mas também não passava disso. O que se chama de onda verde, digo e repito, não existe. Foi muito excesso de credulidade por parte dela achar que o povo brasileiro iria se importar tanto assim com a natureza. Tanto foi que sua candidatura não se manifestou nas câmaras estaduais e na federal. Nisso ela não fez diferença alguma e seus 20 milhões de votos eu ainda digo que vieram de uma desilusão com Dilma, desconfiança em serra, e nada mais. Tanto é que não houve lá grandes mudanças nem haverá no plano político-ambiental. Talvez, lá na frente, alguém vá arregaçar as mangas e fazer algo a respeito, mas não pela mensagem dela, mas por fatores econômicos e estratégicos. É a realidade, infelizmente.
Quem dirá do melhor deles, o falecido Enéas, que tanta falta fez nos horários eleitorais desta vez. Prometia a bomba atômica para o brasil. Esse me fazia mais sentido, poder nuclear dá muita barganha, mas deixa isso longe daqui. Se não, atacaremos a Argentina se ganharem a copa de 2014!
No fim, no fim, são fatores de confundimento, nomes que somem, diminuem, não se mostram relevantes lá na frente. Monotemáticos, lentos, chatos, ingênuos. Sinto lhes dizer, não quero um governante assim. Um ministro, talvez.
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