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domingo, 31 de outubro de 2010

ENFIM, o fim, e repensar...


Enfim, finalmente, graças a Deus chegou o dia D da eleição. Esse segundo turno me pareceu uma infecção intestinal, com direito a vômitos de insultos e diarréia de boatos. O debate político do Brasil, reduzido a uma torcida de time. Sim, foi o que aconteceu. Da mesma forma que um brasileiro não torce para a Argentina e um argentino não torce para o Brasil. Foi assim e chega ao fim.

Não escondo e não esconderei que votarei em Dilma por tudo o que ela pode continuar fazendo e para que Serra não destrua o que de bom foi feito e deixe o país aos trancos e barrancos. Não, não sou extremista de esquerda, mas não posso deixar uma ultra-direita tomar as rédeas do país. Pois isso é que Serra representa no cenário nacional.

O fim desta eleição apenas provará uma coisa: devemos repensar o modo de fazer política. Enquanto caciques caem inesperadamente, tal qual um Aquiles ou Siegfried, outros usam sua maior arma como o Coringa da antiga série dos anos sessenta do Batman: para fazer piada. Bang! Um palhaço como o mais votado.

Devemos repensar que agora, mais do que nunca, os candidatos são "marketeados". Não vimos a verdadeira Dilma, o verdadeiro Serra. Talvez a verdadeira Marina, mas desta eu me abstenho de falar, pois não acredito que ela tenha realmente deixado qualquer mensagem ao eleitor, a não ser números a serem conquistados pelos seus mais poderosos rivais. Não tivemos uma originalidade de um Lula, o eruditismo de FHC, não tivemos planos de governo debatidos. Foram propostas eleitoreiras, escoras em governos passados ou que estão passando. Meu voto em Lula antes era com convicção, agora eu voto torcendo para não estar errado. E olhando a opção do outro lado, não fica difícil transformar o sentimento em certeza absoluta.

Temos que repensar o que é o voto de protesto. Votar com lógica. Votar não pela maioria, não pelo que já se votou, pelo que viu na internet, pelo gaguejar ou não do candidato. Pessoas brilhantes e muito queridas da História das grandes nações do mundo muitas vezes não sabiam dizer duas frases coerentes nem com 5 acessores de imprensa ao lado. Muitos deles jamais diriam o que disseram sem estas pessoas. Mesmo assim, foram grandes e fizeram a diferença.

Temos também que repensar o Brasil. Pensar que não adianta mais isso de faz e desmancha. Ter sim sua visão de governo à direita ou à esquerda ou ao centro e suas variáveis, mas saber que prioridades são prioridades e o que for para enfeitar, que fique a cargo dos momentos certos.

E o melhor de tudo, e mais difícil, termos memória para saber onde estávamos e onde estamos. Só gostaria de dizer uma coisa: FHC pode ter dado a estabilidade (ótimo, muito bom mesmo), mas Lula deu ao pobre, aquele que realmente precisa de alguém por ele e que sofre com as intempéries políticas, a noção e esperança de que ele tem um futuro e pode ser feliz.

E seja o que o Brasil quiser, pq Deus já opinou demais nesta eleição.

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