Era a sétima A em 1998, uma das piores e mais legais turmas que o Diocesano já viu. O ano de 98 foi o ano das bolinhas de papel, das quedas de energia, da bolsa cheia de lixo, da suspensão e é claro, dos charques, os maiores aviões de papel que meu colégio já viu.
Era uma aula chata de português. estávamos todos entediados e até cansados de uma apresentação de geografia que fizemos nas duas primeiras aulas. As paredes da sala estavam forradas de nossos cartazes e um deles caiu perto de uma das lendárias figuras com quem não temos mais contato: Biu.
Ele era meio doido e mais sem juízo que a gente. Chamávamos de vários apelidos: Biu lutero, Bio das Galinhas, Bio-lola (esse eu não sei quem inventou), etc. Enfim, ele estava num de seus acessos de tédio e pegou um dos cartazes e deu na cabeça dele de fazer um avião. Antônio, que sentava ao meu lado, quando viu o tamanho do avião de papel, teve crise de riso e só depois conseguiu nos mostrar o que danado era que o fazia rir tanto. Claro, também rimos com o avião, mas pior foi quando ele foi finalmente lançado e vimos seu voo e o nome do lado: Charque.
O professor virou-se do quadro e viu uma sala inteira rindo ou prendendo o riso, mas não viu a estrela do dia, que havia pousado. O segundo voo foi mais engraçado ainda, pois dessa vez o professor viu, mas não jogou o avião fora, pediu para não fazermos mais isso. Não fosse a aula terminar em 2 minutos teríamos descumprido seu pedido.
A próxima aula foi ainda mais chata, mas antes dela roubamos mais algumas cartolinas e fizemos os novos Charques. O Charque-sem-sal, O Charque-com-macaxeira, O Shark (este para exportação), etc. Sempre colocávamos os nomes nos aviões. Minha banca virou o aeroporto de Guarulhos, pois ali era onde guardávamos cada avião. Quem diabos iria suspeitar de mim?
A aula foi de um professor substituto, um coitado que mal saiu da faculdade e não sabia pedir nem cachorro quente sem levar desaforo. A festa estava pronta. Ele virava para o quadro, 8 aviões cruzavam a sala. Chegou um momento em que começamos a fazer bolinhas de papel para lançar junto aos aviões. Parecia a segunda guerra mundial, principalmente por o lado de cá, que era o meu, não gostar do povo do lado de lá.
Era bolinha de papel e charque para tudo que é lado. Eu já estava com a barriga doendo de tanto rir. Era demais já. O engraçado é que o professor não percebia nada, já que quando se virava encontrava todos com cara de santo, menos Antonio, eu e Everton, que colocávamos a mão no rosto para prender o riso.
O dia terminou, mas a brincadeira não. Durante as próximas duas semanas mais e mais charques surgiram e foram para a lixeira, mas para cada um, uma história nova. Um deles atingiu o traseiro do professor substituto, que mais uma vez apareceu para dar aula. Outro, na hora do intervalo, passou de raspão na cabeça da diretora. um cruzou o corredor, entrou numa sala e só ouvimos o grito da professora. enfim... O resto, é história... Um viva aos saudosos Charques!
Era uma aula chata de português. estávamos todos entediados e até cansados de uma apresentação de geografia que fizemos nas duas primeiras aulas. As paredes da sala estavam forradas de nossos cartazes e um deles caiu perto de uma das lendárias figuras com quem não temos mais contato: Biu.
Ele era meio doido e mais sem juízo que a gente. Chamávamos de vários apelidos: Biu lutero, Bio das Galinhas, Bio-lola (esse eu não sei quem inventou), etc. Enfim, ele estava num de seus acessos de tédio e pegou um dos cartazes e deu na cabeça dele de fazer um avião. Antônio, que sentava ao meu lado, quando viu o tamanho do avião de papel, teve crise de riso e só depois conseguiu nos mostrar o que danado era que o fazia rir tanto. Claro, também rimos com o avião, mas pior foi quando ele foi finalmente lançado e vimos seu voo e o nome do lado: Charque.
O professor virou-se do quadro e viu uma sala inteira rindo ou prendendo o riso, mas não viu a estrela do dia, que havia pousado. O segundo voo foi mais engraçado ainda, pois dessa vez o professor viu, mas não jogou o avião fora, pediu para não fazermos mais isso. Não fosse a aula terminar em 2 minutos teríamos descumprido seu pedido.
A próxima aula foi ainda mais chata, mas antes dela roubamos mais algumas cartolinas e fizemos os novos Charques. O Charque-sem-sal, O Charque-com-macaxeira, O Shark (este para exportação), etc. Sempre colocávamos os nomes nos aviões. Minha banca virou o aeroporto de Guarulhos, pois ali era onde guardávamos cada avião. Quem diabos iria suspeitar de mim?
A aula foi de um professor substituto, um coitado que mal saiu da faculdade e não sabia pedir nem cachorro quente sem levar desaforo. A festa estava pronta. Ele virava para o quadro, 8 aviões cruzavam a sala. Chegou um momento em que começamos a fazer bolinhas de papel para lançar junto aos aviões. Parecia a segunda guerra mundial, principalmente por o lado de cá, que era o meu, não gostar do povo do lado de lá.
Era bolinha de papel e charque para tudo que é lado. Eu já estava com a barriga doendo de tanto rir. Era demais já. O engraçado é que o professor não percebia nada, já que quando se virava encontrava todos com cara de santo, menos Antonio, eu e Everton, que colocávamos a mão no rosto para prender o riso.
O dia terminou, mas a brincadeira não. Durante as próximas duas semanas mais e mais charques surgiram e foram para a lixeira, mas para cada um, uma história nova. Um deles atingiu o traseiro do professor substituto, que mais uma vez apareceu para dar aula. Outro, na hora do intervalo, passou de raspão na cabeça da diretora. um cruzou o corredor, entrou numa sala e só ouvimos o grito da professora. enfim... O resto, é história... Um viva aos saudosos Charques!
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